TRADUTOR

01 março 2011

Agosto de 2010

Desde o nascimento sabíamos que o Renan tinha uma luxação bilateral e que isso necessitava de cirurgia. Durante anos eu questionava o Dr. Nei com relação ao quadril e a resposta era sempre a mesma, temos que aguardar, principalmente porque aos oito anos ele ainda não tinha calcificado a cabeça do fêmur e a imunodeficiência poderia complicar muito o quadro, no caso da cirurgia. Essa deformidade o impedia de andar corretamente, prejudicava cada dia mais a sua coluna, exigia um esforço muito maior que o normal para que ele pudesse caminhar. Foram anos de angustia e oração, até que um dia, a geneticista nos falou que se o Renan não operasse o quadril, ele poderia parar de andar a qualquer momento, porque  a coluna já não estava mais aguentando fazer tanto esforço e como essa síndrome afeta diretamente os ossos, tínhamos que tomar uma providência urgente.
No outro dia marquei uma consulta no ortopedista, explicamos o que estava ocorrendo com o Renan e gostaríamos de saber qual era a melhor solução para aquele momento. Ele nos explicou que a geneticista estava correta e que agora era a hora de fazer a cirurgia. 
Naquele momento, sentimos medo, apesar de ser uma coisa que queríamos muito, para poder melhorar as condições de vida dele, sabíamos que era uma cirurgia de grande porte, onde seria quebrada a cabeça do fêmur e fixado na bacia com o auxílio do fixador externo. O sofrimento do nosso filho seria grande e o dentre todos os medos, o maior era saber se eu seria capaz de cuidar dele, de fazer todos os curativos necessários. 
Posso afirmar que se dependesse de mim, eu não teria forças para cuidar do  Renan desde o nascimento, mas Deus na sua graça e misericórdia me sustenta, capacita e renova as minhas forças a cada manhã.


Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas. Filipenses 3:21 

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