TRADUTOR

11 fevereiro 2011

A primeira cirurgia

No ano de 2007 percebemos que as pernas do Renan estavam entortando muito, sabíamos que ele tinha uma luxação bilateral que necessitaria de cirurgia, mas devido a sua imunodeficiência seria muito arriscado fazer essa cirurgia naquele momento. Os ossos estavam envergando cada vez mais e os joelhos se aproximando, o fato é que o problema se agravou tanto, que o Renan já estava batendo um joelho no outro e caindo quando tentava andar.
Levamos ao ortopedista que o acompanhava desde 2001 e ele nos disse que seria necessário fazer uma cirurgia no joelho dele, a princípio fiquei muito nervosa, o Dr. Nei nos explicou que era uma cirurgia simples, seria colocado no fêmur, uma placa de titânio e conforme o crescimento do Renan ela abriria e endireitaria o osso. Como sempre confiamos muito nesse médico, até mesmo porque ele é considerado um dos melhores de São Paulo. Marcamos a cirurgia para o dia 28 de junho de 2007. Meu filho sempre foi muito esperto, todos os dias ele me perguntava alguma coisa a respeito do que fariam na sua perna e eu pacientemente respondia o que aconteceria, mas sempre deixava muito claro que além de confiarmos no médico, tínhamos a certeza de que Deus já estava preparando tudo para aquele dia, que Ele abençoaria cada instrumento, medicamento, enfermeiros e os médicos que fossem participar do procedimento. Orávamos todos os dias com ele, isso trouxe paz aos nossos corações, porque sabíamos que o Senhor era conosco.
Dia 28, estava muito frio e chovendo, chegamos ao hospital das clínicas, às 5:00 horas da manhã, subimos para o quarto, o Renan estava ansioso e eu por mais nervosa que estivesse não podia deixar ele perceber. As 7:00 horas vieram buscá-lo para o centro cirúrgico, me disseram que eu podia subir e ficar com ele até o momento de começar a cirurgia, como é difícil, por mais que temos a certeza de que Deus já abençoou todo o procedimento, ver o nosso filho chorar e pedir para que não o deixe levar para longe de você é terrível, senti meu coração em pedaços, mas tive que ser forte, não podia chorar na frente dele.
Fiquei com ele na porta do centro cirúrgico por uns dez minutos, acariciei seu rostinho e disse para que não tivesse medo porque o Senhor já havia mandado seus anjos para cuidar dele lá dentro e quando tudo terminasse e fosse a hora de acordar eu estaria ao seu lado. Então ele me pediu para que orássemos antes dele ser levado, tivemos um momento tão intimo com Deus, algo inexplicável, sentimos a Sua presença, Seu cuidado nas nossas vidas e quando acabamos a oração, a enfermeira o levou. É muito gratificante saber que ele tem certeza do cuidado de Deus na vida dele e que em todo tempo o Senhor é com ele.
Duas horas depois, eu fui chamada para ficar com ele no pós - operatório, a cirurgia tinha sido um sucesso.   


"Na angústia invoquei ao SENHOR, e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face."  (Salmos 18 : 6)

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